Mestrados e Doutorados

Novamente a primavera diz para que veio no Ensino Superior. Ou ao que não veio. Desta vez com a Avaliação Trienal da Capes, que pontua os cursos de mestrado e doutorado com notas que variam até 7. Então, vamos aos números:

cerca de 10% dos programas de mestrado e doutorado tiveram notas 6 ou 7 e foram considerados do mesmo nível dos grandes centros institucionais como Harvard (EUA) e Sorbonne (Fr);

81 programas de mestrado e doutorado correm o risco de fechar por não terem atingido notas maiores ou iguais a 3 na avaliação;

nenhum programa da área de ciências sociais aplicadas (direito, economia, administração e comunicação social) tiveram notas 6 ou 7;

houve mais de 1% de queda na excelência dos programas de pós-graduação no país.

Vamos aos fatos: para um programa ser considerado de nível alto, sua nota deve ser igual ou maior que 5. E o programa que estou inserida caiu de 5 para 4. Injusto? Parece que não. Houve queda de qualidade? Também acho que não. Talvez tenha sido aumento na exigência pela Capes. Eu, honestamente, estou de acordo com instrumentos reguladores, ou ficaria um oba-oba (de faculdades que não se preocupam com a formação dos alunos, vide o índice de reprovação na OAB). É, já é um oba-oba, afinal temos 81 programas prontos para serem descredenciados.

O ex reitor da USP Roberto Lobo afirma acreditar que ainda são poucos os programas de pós-graduação de alto nível no país. "Temos uma pressão muito grande para a formação de mestres e doutores, mas é preciso que haja mais cursos de excelência no país." Assino embaixo.